24 de janeiro de 2009
23 de agosto de 2008
Sónia
Há aquela palavra na língua portuguesa que não se consegue traduzir: saudade. Não se traduz mas sente-se. Em português, em francês e até, talvez, em inglês. Os militantes PC, em exilio temporário no Algarve, sentem saudade da Sonia. Aqui fica a expressão clara desse sentimento. A que se junta um abraço amigo para o companheiro Rodrigo, para a Joana, o Nuno, a Liliana, a Renata, e todos os outros camaradas que continuam a erguer bem alta a rubra bandeira do Canela. E a facturação do senhor Comadante!
Tertulia no exilio
A tertulia "caneleira" desta sexta feira teve que, dada a complexidade do momento no plano geo-politico internacional que estamos a viver, reunir-se fora do chão sagrado da Praça das Flores. Ficou assim legitimado, na condição de Pão de Canela III, o "Barca tranquitanas" da Zambujeira do Mar. Sem choques, mas com muitos chocos. Ensopada de chocos em maioria absoluta.
21 de agosto de 2008
Espiões.
Lisboa sempre foi uma cidade onde houve muitos espiões. As historias da II Grande Guerra deram origem a romances, filmes, estudos. Em 74 / 75, anos de brasa da nossa Revolução, também há registos, vários, de movimentações de espiões, sem tradução romanesca ou cinematográfica. Antes, desde a conquista cristã, ou mesmo nos primórdios, gregos, fenícios, ou romanos, também. Espiões, espiões, espiões. Não se sabe bem a espionarem o quê, mas espiões quand même. A Praça das Flores consta, desde sempre, como elemento central nessas historias de espionagem. Há, na Biblioteca de Alexandria, diversos papiros sobre a Praça das Flores. O Pão de Canela já era citado, em latim, em relatos encontrados nas escavações do Coliseu de Roma. No que restou dos arquivos do bunker da Gestapo, em Berlim, transferidos em Maio de 1945 para a Lubianka de Moscovo, as referencias à Praça das Flores, e ao Pão de Canela, abundam. Ontem (não por acaso data do aniversário da invasão soviética da então Checoeslovaquia) o Pão honrou as suas tradições em matéria de espionagem. Agora com o sabor do "choque tecnológico" de Pinho e Sócrates (não é o grego desta vez!). SMS para sul e norte. Códigos cerrados a assinalarem presenças pesadas. Comerciantes de petróleo, construtores de pipelines, comandantes de uma marinha que não tem barcos, historiadores credenciados. Ninguem deu por nada, como é da tradição nestas histórias. Mas tudo se soube. Tudo se sabe, sempre.
Grão.
23 de julho de 2008
Tertúlias. Serões no Pão de Canela.
Sou militante, meio adormecido, do PC. Mas, apesar de estar a residir na «costa sul», à menor escapadela, não perco as tertúlias da Praça das Flores. Ontem, ao fim do dia, fui marcar o ponto. Uma cerveja e dois dedos de conversa com o João Soares. Atrás da conversa vêm os rissóis; depois os croquetes com mostarda. Os ovos cozidos chegam uns atrás dos outros, como chegam os «tertúliantes». E a conversa flui a um ritmo alucinante. Ainda uns estão na Sérvia, já outros falam na Foz do Arelho. Se não se estiver concentrado ainda se confunde Karadzic com Coutinho, o que não convém porque o primeiro vai para Haia e o segundo ainda não se sabe que destino irá ter. Entretanto chegam à mesa novos convivas que, enquanto se empanturram de ovos cozidos, vão pedindo a lista para jantar. Outros – o Luis Pascoal? - chegam e nem aquecem a cadeia: pedem um café, metem-se na conversa, chamam nomes impróprios de reproduzir aqui aos detentores do poder em Angola e vão à vida deles. Eu, às sete horas, cheguei para beber uma cerveja e comer um rissol e às dez e meia já digeri elogios a Jaime Gama e a Obama. Já passei pela Geórgia e pelo Kazakistão. E regresso à Foz do Arelho porque, entretanto, chegou o Raínho – um amigo do Coutinho –, bem disposto e fresco que nem uma alface. Até parecia que tinha chegado de um tratamento na Cúria. Já me ia esquecendo: também se falou no Chávez, uns a favor e outros contra, como é próprio nestas tertúlias. Quando começam a chegar os pratos principais dos comensais (afinal, um lance que já é ceia), retiro-me. A conversa não tem fim, vai durar até às tantas. A Praça das Flores é a mais bonita do meu bairro. Também se falou no José Sócrates e na Manuela Ferreira Leite, mas sobre o que se disse escrevo noutra altura.
O Sal das Flores
O Tomas das Conquilhas queixou-se, e com razão, da falta de sal neste Pão de Canela.
Bem sabemos das consequências nefastas do excesso de sal, mas "que diable" condimentem là a ementa dos nossos leitores! Uma Praça das Flores sem sal é como um dia sem almoço na Foz do Arelho.
Um pouco de sal sabe tão bem. Nos ovos cozidos, nas batatas fritas, até nas sardinhas do Coutinho...
Força, aos vossos teclados! Precisamos de sal para fazer subir a tensão dos militantes.
Add.
Acabei de saber que o Comandante está com falta de tensão (felizmente hoje, este teclado meio avariado aceita os "n") e não compareceu no posto de comando. Adoro a ideia que ele esteja em sintonia completa com os temas do blog, mas não era preciso tanto. Se for assim vou já postar um texto sobre um "PC em alta".
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