21 de agosto de 2008

Espiões.

Lisboa sempre foi uma cidade onde houve muitos espiões. As historias da II Grande Guerra deram origem a romances, filmes, estudos. Em 74 / 75, anos de brasa da nossa Revolução, também há registos, vários, de movimentações de espiões, sem tradução romanesca ou cinematográfica. Antes, desde a conquista cristã, ou mesmo nos primórdios, gregos, fenícios, ou romanos, também. Espiões, espiões, espiões. Não se sabe bem a espionarem o quê, mas espiões quand même. A Praça das Flores consta, desde sempre, como elemento central nessas historias de espionagem. Há, na Biblioteca de Alexandria, diversos papiros sobre a Praça das Flores. O Pão de Canela já era citado, em latim, em relatos encontrados nas escavações do Coliseu de Roma. No que restou dos arquivos do bunker da Gestapo, em Berlim, transferidos em Maio de 1945 para a Lubianka de Moscovo, as referencias à Praça das Flores, e ao Pão de Canela, abundam. Ontem (não por acaso data do aniversário da invasão soviética da então Checoeslovaquia) o Pão honrou as suas tradições em matéria de espionagem. Agora com o sabor do "choque tecnológico" de Pinho e Sócrates (não é o grego desta vez!). SMS para sul e norte. Códigos cerrados a assinalarem presenças pesadas. Comerciantes de petróleo, construtores de pipelines, comandantes de uma marinha que não tem barcos, historiadores credenciados. Ninguem deu por nada, como é da tradição nestas histórias. Mas tudo se soube. Tudo se sabe, sempre.

1 comentário:

Sara Lambelho disse...

Suspiros e mais suspiros ao ver esta imagem ... que SAUDADES!